Com mais de 5 mil anos de história, Fornos de Algodres preserva um importante património histórico-arqueológico, desde os vestígios monumentais e artísticos aos de carácter mais singelo, mas igualmente importantes, e que marcam a evolução da presença humana na região, desde a Pré-História à actualidade. Os Dólmens ou Antas são vestígios mais antigos da Pré-História do concelho. Tinham uma função essencialmente funerária e religiosa, reflectindo a práctica de culto dos mortos no seu interior, por vezes decorado com pinturas ou insculturas abstractas ou cenas da vida quotidiana.Em Fornos, junto à Capela de Nossa Senhora da Graça, preserva-se um troço de uma calçada romana pertencente à rede viária centrada na ligação de Mérida a Viseu, que passava por Idanha-a-Velha e Guarda.
A actual sede concelhia que estende o seu tecido habitacional ao longo da Estrada Nacional 16, na base da colina subjacente à Serra da Esgalhada e que deve o seu nome aos fornos de cerâmica, outrora aqui existentes. Nunca possuiu carta de foral, tendo-se instituído como concelho por força do uso e costume, regulando-se então pelos forais de Algodres. Só em 1811 terá assumido o estatuto de sede concelhia. A extinção dos concelhos de Algodres, Casal do Monte, Figueiró da Granja, Infias e Matança, incorporados no de Fornos de Algodres ficou a dever-se fundamentalmente à crescente preponderância que este último conquistou com a proximidade de acessos à Guarda e Viseu, a presença de famílias abastadas e pelo facto de constituir a terra natal de Costa Cabral.
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